Moradores e Poder Público discutem sobre a segurança no entorno da Igreja Matriz
Após um convite realizado pela Câmara Municipal, autoridades e moradores de Entre Rios de Minas discutiram, na tarde desta sexta-feira (31), a situação da segurança pública na cidade. O debate teve como enfoque a situação de aglomeração de pessoas nas noites de sábado próximo à Igreja Matriz de Nossa Senhora das Brotas.
Segundo os moradores, há constantes registros de som em alto volume, além de práticas como uso de drogas e prática de sexo envolvendo menores. A reclamação já havia sido feita na Tribuna Livre das reuniões no plenário por mais de uma vez, mobilizando a Mesa Diretora a convocar a reunião. Segundo a PM, já houve melhorias após a abordagem do assunto, sendo aplicadas 130 notificações a donos de veículos com som acima do permitido, em acordo com a resolução do Conselho Nacional de Trânsito, publicada no ano passado.
Durante o debate, foram apresentadas algumas propostas para tentar coibir o problema vivenciado pelos moradores do entorno, como a punição pelo alto volume dos sons, a possibilidade de redução do horário de funcionamento dos estabelecimentos comerciais, além de campanhas de conscientização da juventude que frequenta o espaço, a serem implementadas nas escolas e no próprio local.
Uma lista de medidas para sanar o problema foi elaborada ao final, com ações a serem desenvolvidas pelo Poder Público municipal, elencando tanto investimentos em equipamentos de segurança quanto a criação de campanhas educativas de conscientização de jovens e adolescentes.
Foram sugeridos, por exemplo, a instalação de câmeras de monitoramento de 360º em áreas estratégicas, o cercamento do lote vago na frente da Rua Comendador Pena, o reforço da iluminação do local, além de uma solicitação ao Governo do Estado para aumentar o efetivo policial na cidade. A expectativa é de que as propostas de solução sejam analisadas e viabilizadas dentro da realidade financeira do município.
Participaram do encontro os nove vereadores que compõem esta legislatura, o prefeito José Walter (PSB), o diácono Ildeu da Cruz Sílvio, representantes do Conselho Tutelar e da assistência social do município, a Tenente Cássia Souza e o Sargento Rivelino, representando a PM, além de empresários do ramo de bares e restaurantes.
A Polícia Civil, o Ministério Público e o juiz da Comarca de Entre Rios de Minas também foram convidados, no entanto, não compareceram. O promotor de Justiça, Carlos Eugênio Souto Maior Filizzola Júnior comunicou que está ciente da situação e colocou a promotoria à disposição para denúncias, enquanto o juiz Arthur Eugênio de Souza encaminhou um ofício alegando a impossibilidade de participar.